Beautiful Sapa!

14.5.15

O dia de ontem acabou com um jantar na Homestay com todos os viajantes que lĂĄ estavam alojados. Juntaram-se a 1 mesa: 2 casais norte americanos, um mais novo e o outro com os seus 60 anos cujo principal trabalho passava por escrever artigos pelo mundo fora; um casal do QuebĂ©c, CanadĂĄ (a alma da festa), com os seus 40s e muitos anos;  uma francesa (Audrey, da qual ouvirĂŁo falar mais Ă  frente), 2 miĂșdas de Singapura com 20 anos mas que aparentavam ter 15; e uma tuga acabadinha de chegar ao Vietname (aqui a yours truly).

Um jantar delicioso (preparado pela prĂłpria Perfume) composto por cerca de 5 a 6 pratos tĂ­picos diferentes e muita partilha de experiĂȘncias culturais e de vida.
A conversa continuou num café lå perto acompanhada por um café no mínimo peculiar (1 camada de leite condensado no fundo, seguindo-se uma camada de café, sendo coberto por uma camada de ovo) só terminada porque a Perfume nos veio buscar para nos levarem a correr para a estação de comboios (a mim e à Audrey) onde seguiríamos numa viagem de 8 horas pela noite dentro para Lo Quay de onde depois partiríamos depois numa mini-van para Sapa, a terra dos arrozais.
No comboio partilhĂĄmos 1 cabine, com 2 beliches, com um casal vietnamita.
Escusado serå dizer que não foi propriamente a melhor noite de sono da minha vida. Entre o chocalhar do comboio, o barulho desnorteante dos carris e o colchão que se assemelhava a um pedaço de chão duro, não consegui pregar olho durante grande parte da noite.
ChegĂĄmos a Lo Quay Ă s 6h30 da manhĂŁ. 
É bom ter noção que aqui, os transportes demoram eternidades a chegar seja onde for. Fazer 300kms de comboio levou-nos 8 horas, 15kms de mota atĂ© Ă s cascatas leva-nos 40 minutos...

O dia de hoje foi passado num trekking de 12kms pelos campos de arroz e por aldeias habitadas por minorias Ă©tnicas. As mulheres da tribo Hmong estĂŁo por todo o lado a tentar vender o seu artesanato no centro de Sapa e facilmente nos seguem o caminho todo pela montanha e campos de arroz atĂ© lhes comprarmos alguma coisa. NĂŁo sĂŁo chatas tentando impingir coisas, mas simplesmente fazem autĂȘnticas sessĂ”es de stalking, durante as quais metem conversa connosco e nos oferecem prendas feitas por elas. Ao final de 7kms lĂĄ apresentaram o que tinham para vender e conseguiram despachar algumas pulseiras e brincos. A seguir desapareceram.

Vi crianças que nem 1 ano tinham jå de enxada na mão, populaçÔes do mais humilde e pobre que hå, a vida dura que estas pessoas vivem e que me fez pesar melhor as minhas próprias prioridades.

Para quem alguma vez tiver dĂșvidas quanto a visitar Sapa aquando no Vietname: por favor confiem em mim quando digo que vale a pena. Paisagens de tirar o fĂŽlego, a oportunidade de ver os locais genuinamente no seu dia a dia a tratar da famĂ­lia, da casa ou do campo, e o contacto com uma realidade tĂŁo, mas tĂŁo diferente da nossa, fazem com que Sapa fique guardada num cantinho especial cĂĄ dentro.
Para alĂ©m do facto de ter tido a oportunidade de passar por esta experiĂȘncia com uma excelente guia e uma nova amiga, a Audrey, que se revelou uma companhia espectacular. 

AmanhĂŁ espera-me mais um trekking de 12 kms, a seguir ao qual a Audrey fica mais um dia em Sapa e eu desço para Hanoi para seguir logo para Halong Bay. 

Agora é hora de ir jantar, tomar um copo e preparar-me para mais 12kms a pé e 8 horas de comboio marcados para amanhã.
AtĂ© jĂĄ! :) 





























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