Dia 4. O dragão que desce para o mar.

17.5.15

A viagem de comboio ontem à noite de Sapa para Hanoi foi partilhada com 3 mulheres vietnamitas, 1 bebé e 1 miúdo de 7 anos. E correu melhor que a outra. Pelo menos consegui efectivamente dormir durante a maior parte da viagem.

Chovia a potes quando cheguei, às 4h30 da manhã, a Hanoi. Mas já tinha um táxi à minha espera para me levar à Homestay. Aí tomei um banho, dormi mais umas 3 horinhas e toca a partir de viagem novamente, desta vez para Halong Bay de autocarro. 
3 horas depois já estava no barco onde conheci um grupo impecável de 3 canadienses (a Paula, a Carolina e o Mike), todos a trabalharem em ONGs no Vietname e Uganda.
Visitei 2 grutas de caiaque e aventurei-me com a Paula pagando mais 30.000 dongs (cerca de €1,50) para visitarmos (também de caiaque) outra gruta que não  estava no roteiro inicial mas que dava acesso a uma baia linda onde não se ouvia mais nada senão o barulho dos nossos remos, as andorinhas dentro da gruta e os macacos nas rochas. Foi um momento mágico.
Acabámos o passeio com uma visita a pé a uma outra gruta enorme que de tamanha imponência e beleza quase parecia ser um cenário construído para um filme. Não é de todo surpreendente que Halong Bay tenha sido considerada uma das 7 maravilhas naturais do mundo e seja Património Mundial.
Uma visita a uma outra ilha onde para se ter acesso à melhor vista sobre Halong Bay era necessário subir 400 degraus, e 1 mergulho depois a ver um por do sol magnífico e estávamos a caminho do barco onde nos esperava uma aula de culinária (fraquinha), um jantar (razoável), umas cervejas (pagas à parte e beeeem caras tendo em conta os preços normais aqui), boa conversa no terraço do barco e (espero eu) uma boa noite de sono.
Entretanto já tive de interromper a escrita umas quantas vezes porque ao ligar os candeeiros ao pé da minha cama fui surpreendida pelo aparecimento de cerca de 50 insectos (não eram mosquitos mas eram cenas com asas) que se atropelavam uns aos outros (e a mim) para conseguirem chegar à luz. À luz deles chegou mais rápido pela forma de uma almofada que foi repetidamente arremessada contra cada um até estarem a nadar em "luz". Passados 5 minutos a minha cama parecia um campo de morte.
Posso dizer que até agora este é o melhor quarto em que fiquei desde que cheguei ao Vietname. Os insectos é que eram desnecessários.

Não tenho Wi-Fi ou acesso à roaming aqui no barco (estamos atracados no meio da baía) pelo que quando este texto for  publicado já devo estar novamente em Hanoi na homestay. 

Até já!

PS: Halong Bay significa " a baía do dragão que desce para o mar". Reza a história que as 3000 mil ilhas de Halong Bay foram criadas por um dragão que vivia nas montanhas. Ao descer em direcção ao mar, raspou a sua cauda nas rochas e abriu crateras e vales e quando mergulhou estas crateras e vales ficaram preenchidos com água deixando apenas algumas rochas à mostra.

PS 2: os efeitos dos 2 trekkings e da subida de 400 degraus já se estão a fazer sentir. Amanhã não me mexo.

PS 3: acabei de ouvir ratos a correrem no piso de cima do meu quarto... Porreiro pá!

PS 4: Muitos parabéns PP :)

























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